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Internet e credibilidade no jornalismo foram um dos temas do segundo painel da manhã desta segunda (14) da Fliporto. Apresentado pelo jornalista Geneton Moraes Neto, o debate também teve a participação do jornalista Silio Boccanera, sobre o livro Jogo duplo uma ficção sobre a cobertura do sequestro do embaixador brasileiro no Líbano.
Na parte de perguntas da plateia – bem maior que no primeiro painel – muitos questionamentos sobre a interferência das empresas jornalística na forma que as notícias são veiculadas.
Geneton comentou que não é “Roberto Marinho, a Cia nem a KGB” que editam o Jornal Nacional e que apenas presenciou uma única vez a interferência de Roberto Marinho na edição do Jornal da Globo, onde ele trabalhava. E, hoje, ele considera a interferência positiva.
Segundo Geneton , “Foi em 1986, na época do Plano Cruzado. Um colunista havia conseguido o furo de que a inflação havia sido maior do que o previsto. Fiz uma chamada sobre a matéria, que iria abrir o jornal. A chamada passou no intervalo da novela e imagino que Roberto Marinho estava vendo a novela e viu. Ele ligou para a redação e pediu para não veicular a matéria. Ainda tive a petulância de argumentar com ele, que disse que a antecipar a notícia poderia aumentar ainda mais a inflação. Na hora fiquei chateado, mas hoje entendo o argumento”, contou.
Sobre o futuro do jornalismo, Silio Boccanera disse que acredita que o jornalismo impresso vai continuar, mesmo com o crescimento da internet. “Ninguém sabe para onde vai. O consenso é de que não dá mais para o jornalismo viver sem internet . Sou um otimista e acho que cada mídia vai ter seu espaço”.
Por: Niuezte Moraes
Por: Niuezte Moraes
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