quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Atenção jornalistas, internet demais pode gerar enfraquecimento do cérebro


Google imagens
Qual jornalista do século XXI não usa internet? Creio que generalizar nesse caso, dizendo que todos usam, não seria um erro jornalístico, afinal a ferramenta se tornou tão necessária para o profissional da comunicação quanto talheres para almoçar arroz e feijão. Mas como já diziam os antigos, tudo que é demais enjoa ou faz mal, no caso da internet não é diferente. Especialistas em mente humana estão afirmando que pessoas que usam o computador em excesso sofrem com falta de concentração e esquecimento.

E não é só isso. A jornalista Maggie Jacksoon fala que percebeu nos jovens em que dá aula de comunicação nos Estados Unidos, que eles têm sérias dificuldades em desenvolver raciocínios e escrever textos maiores que 140 caracteres. Espaço disponível para escrever no twitter. Já o professor Clifford Nass, também norte-americano, da universidade de Stanford afirma que pessoas muito acostumadas com o computador passam a agir como as máquinas fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Esse tipo de atitude segundo a Associação Americana de Psicologia é conhecido como “multitarefa”. Resultado dessa ação: irritação com qualquer coisa e imprecisão. A instituição revela ainda que nossa capacidade de atenção é limitada. Portanto quanto mais ela é fracionada menos funciona.

Um estudo da revista eletrônica Plus ONE, feito em junho deste ano conta que cientistas chineses analisaram a mente de 18 adolescentes que passavam mais de dez horas por dia jogando na internet. Eles descobriram que as regiões cerebrais encarregadas do autocontrole e da capacidade de concentração numa única tarefa apresentavam um tamanho menor que a média. Eles tinham também um pior desempenho de memória. Mas o estudo não foi considerado eficaz já que foi testado em apenas 18 pessoas.

Mas então o que fazer, voltar aos tempos em que jornalista tinha que mergulhar nos livros para conseguir uma informação? Não. Até porque as sociedades mais conectadas do mundo são também as que apresentam os melhores resultados na educação, como: Dinamarca, Finlândia, Austrália e Coreia do Sul. Como explicar? Essa resposta nem os críticos da tecnologia sabem responder.

A boa notícia para os “dependentes virtuais” é que mesmo que o acesso em excesso cause falta de concentração, isso é totalmente reversível. É o que diz a professora Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informática da PUC de São Paulo, “as pessoas não perderam a capacidade de se concentrar. O que vemos aqui é um excesso de foco no mundo digital”, diz ela.

O fato é que internet ajuda bastante! E com ela, a humanidade avançou muito. Se ela realmente prejudicar o cérebro só o tempo vai dizer, pois a cada nova geração mais pessoas são interligadas na rede mundial de computadores. Uma tendência quase que inevitável.

Por Raphael Vinicius Lucio

Um comentário: