sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ARTIGO: Jornalismo é hoje feito por mais Mulheres




IMAGEM INTERNET
 
O jornalismo é hoje feito por um maior número de profissionais com carteira, por cada vez mais mulheres, sobretudo nas camadas mais jovens, e por pessoas com mais qualificações .
A segunda alteração é a qualificações académicas da profissão, que também se começou a manifestar na década de 80” e que “corresponde à multiplicação de cursos em ciências da comunicação, jornalismo, comunicação social”. Estes cursos proliferam com as universidades privadas, que “tendem, o que é natural, a abrir cursos com clientela assegurada e baixos custos, que não impliquem grandes investimentos”, justifica. Isso associado ao lado de “grande visibilidade social” do jornalismo leva a que os cursos de comunicação social continuem “a ter muita procura, apesar da crise que existe neste mercado”. A terceira característica é a “clara feminização da profissão”. Se, “em termos globais, ainda há mais homens do que mulheres”, nas faixas etárias dos 20 aos 25 e dos 25 aos 30 anos “o número de mulheres já é muito superior” O que faz supor, sem grande risco, que daqui a curto/médio prazo a percentagem de mulheres na profissão será claramente superior à percentagem de homens, estima. Isso não quer dizer que não haja “segregação de género” no jornalismo, alerta. “A feminização ainda não tem reflexos ao nível dos cargos de chefia”, quer porque o jornalismo tem um DNA “claramente machista”, quer porque os cargos de chefia “com muita frequência são ocupados por pessoas mais velhas” e nessa faixa etária ,a percentagem de homens é ainda muito superior à de mulheres.
Por outro lado, a diminuição do número de jornalistas profissionais justifica-se com “a crise” – que levou ao encerramento e fusão de órgãos de comunicação –, mas também com o “desenvolvimento dos grupos multimédia”. a televisão e é capaz mesmo de escrever uma peça para a rádio”
 Todas estas alterações resultaram em “relações de tensão” nas redacções, que hoje dispõem de gente “mais qualificada, sem dúvida”, mas sujeita também a “um aumento claro dos níveis de precariedade”. Essa “tensão” também existe entre as gerações de jornalistas, porque “os mais velhos” vêem no jornalismo “uma missão”, enquanto “os mais novos” o encaram como “uma profissão”.

POR JOSÉ C. NASCIMENTO

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