quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Diploma de Jornalismo história dos comunicadores

“Nossas redações de jornais estão sendo ocupados por pessoas muito acomodadas, na minha época você tinha de correr atrás da noticia, tinha ela na veia arterial. Além disso os nossos editores cobravam muito, nós produzíamos, realizava a reportagem e escrevia o texto, hoje não”, e o que diz o jornalista Nélson Severino, que parou de exercer a profissão no ano passado depois de 52 anos de carreira.

Ele ainda acrescenta que a falta de diploma está desmotivando os futuros jornalistas . “Hoje a internet facilitou muito a vida dos jornalistas e com isso tudo mundo pode escrever sem buscar informação precisa, sem ir até o acidente para conferir de perto o que realmente aconteceu”.

No dia 17 de julho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), derruba a exigência do diploma de jornalismo. Essa obrigatoriedade tinha sido imposta por um decreto-lei de 1969, época em que o País era governado pela ditadura militar.

Segundo dados da Federação Nacional de Jornalismo (FENAJ), o primeiro passo para o jornalismo torna-se uma profissão e regulamenta-se foi o Congresso de Jornalista em 1918. Após isso a profissão teve sua primeira regulamentação em 1938, que na época Getúlio Vargas era presidente da República. Outro marco importante da história da busca da regulamentação e principalmente pelo diploma, foi a fundação da primeira Faculdade Cásper Líbero, em 1947.

Depois de quase 50 anos de luta, no período da ditadura militar, o governo federal aprovou o decreto de lei, em 69, que exigia a necessidade da formação superior.

A luta pela defesa do diploma de jornalismo ainda não acabou e muitas mobilizações estão sendo feitas para que a regulamentação da profissão volte.

“Ainda que as habilidades necessárias para o exercício do jornalismo não sejam exclusivamente aprendidas na faculdade, exigir o diploma é mostrar o caminho correto para quem deseja seguir qualquer profissão. A consciência da responsabilidade no exercício de uma função, seja ela qual for, se demonstra em primeira instância na busca por aprendizado”, acrescenta o velho guerreiro do jornalismo.

O recém-formado em jornalismo Milenon Busiquia, cita que “ Eu sou recém-formado e já saí da faculdade nessa realidade de não obrigatoriedade do diploma para exercer a função de jornalista. mas isso não mudou a minha concepção de que a formação acadêmica é essencial para o profissional. Além disso, há o fato de que as empresas de comunicação mais sérias, com mais credibilidade, preferem um profissional completo, que tenha um conhecimento de cadeira universitária, cita o jornalista.

Ele ainda argumenta, “Além da experiência ter o diploma é um diferencial dos outros profissionais não formados que é levado em consideração, há sempre a possibilidade disso mudar e a obrigatoriedade voltar a valer”.

Todos os jornalista e principalmente os estudantes da área aguardam o desfecho da PEC do diploma que está em tramitação em Brasília para voltar a exigência da formação profissional da categoria.

Por Lucione nazareth

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